No
período em que trabalhei no zoológico de São Paulo, tive a oportunidade de
interagir com algumas espécies de animais que poderíamos dizer que são
simpáticas. O pinguim foi um caso desses, “observe a pose de um deles para foto”.
rsrs. Eu fazia uma apresentação didática de dentro do recinto e os alimentava
ao mesmo tempo, é o tipo de coisa que vou lembrar para sempre sabe, por isso
esse é um dos textos que eu ansiava postar por aqui, espero que gostem.
A
presença de penas, bico e o fato de botarem ovos dão aos pinguins no mundo
animal a classificação de aves, o que está correto, mas elas não voam como a
maioria das aves, elas nadam, e por sinal muito bem.
O
corpo do pinguim é hidrodinâmico, ou seja, ele é preparado para o nado. As asas
do pinguim funcionam como remos e seu corpo tem o formato de torpedo o que faz
com que eles alcancem grandes velocidades na água.
A
espécie de pinguim mais conhecida é o Imperador, aquele que vive na região
polar do planeta e tem detalhes em cor amarela no corpo, mas o pinguim da foto
acima é da espécie Pinguim de Magalhães (Spheniscus magellanicus), ele
vive na região de Magalhães formada por varias ilhas e que ficam entre o Chile
e a Argentina.
Esses
animais podem ser encontrados também em nosso litoral, isso porque eles fazem
longas viagens para se alimentar e acabam se perdendo em alto mar, onde muitos
acabam morrendo devido a debilitações causadas por essas viagens.
O
pingüim de Magalhães vive em média 25 anos e pode pesar até quatro quilos e
meio, ele se alimenta de peixes e mariscos encontrados no oceano.
Mas
será que as penas dos pinguins não molham? Na verdade não. E isso ocorre devido
a um óleo que o pinguim produz em uma glândula próxima à cauda e que espalha
com o bico pelas penas, deixando-as impermeáveis.
Esse
animal é extremamente fiel a seu parceiro, tanto que um casal formado dura até um
dos dois morrer, além disso, quem choca os ovos dessa ave não são as fêmeas e
sim os machos.
Os
predadores naturais dos pinguins são os leões marinhos e algumas baleias, mas o
homem não deixa de ser perigoso para eles, já que alguns ainda podem morrer por
motivos causados pelo homem como derramamento de óleo ou por ficarem presos em
redes de pesca ou ainda devido ao lixo que jogamos no mar.
Por
isso, fica o alerta para o lixo que deixamos avançar para o oceano, levado pelas
galerias com as águas das chuvas ou pelo lixo deixado nas areias das praias.
Ele
pode afetar qualquer animal que vive no oceano, não só as tartarugas marinhas
que são o exemplo mais utilizado, mas também as muitas espécies de peixes,
crustáceos, invertebrados e é claro, os simpáticos Pinguins de Magalhães.
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