Ao contrário do que alguns pensam a águia americana não é a maior
águia do mundo, ela só é a mais conhecida, a maior águia do mundo é brasileira
e se chama harpia (Harpia harpyja)
(foto).
Essa ave é também conhecida pelo nome de gavião real e é um
rapinante, ou seja, uma ave caçadora, que tem o bico afiado e as garras tão fortes
que pode até estourar uma bola de tênis com elas.
A harpia pode viver mais de 25 anos, podendo pesar até 10 quilos e
seu habitat é principalmente a Amazônia e América central, se alimenta de
roedores, macacos, pássaros e até de preguiças.
Alguns animais possuem dimorfismo sexual, ou seja, diferenças
entre machos e fêmeas que são bem visíveis, no caso da harpia isso é bem
evidente, pois, a fêmea costuma ser muito maior que o macho.
Uma harpia adulta pode chegar a medir dois metros e meio de uma
ponta a outra da asa e se por um acaso houver uma briga entre elas, o que pode
acontecer, por exemplo, se uma fêmea não aceitar o macho interessado, ele
poderá sair morto, pois na hora da briga a fêmea pode utilizar sua forte garra
e crava-la no peito do macho.
Quando a harpia fica em alerta algumas penas de sua cabeça se
levantam mostrando que ela está atenta a alguma coisa ao seu redor e essas
penas lembram muito um cocar de índio.
A necessidade de uma área de caça para essa ave é de
aproximadamente 500 Km², por isso, ela é classificada como espécie vulnerável,
justamente por causa do desmatamento que como sabemos não para de crescer.
Em geral os zoológicos no Brasil possuem harpias que foram vítimas
de caçadores, e nestes lugares estão sendo oferecidas as melhores condições
para sua reprodução, mas a reprodução em cativeiro dessa ave ainda é muito difícil.
Minha experiência com a harpia foi na época em que eu fui
estagiário no zoológico de São Paulo no setor de aves, assim que comecei meu
estagio fui designado para fazer observações diárias em um recinto para ver se
um casal interagia entre si, portanto, se havia esperança de chegarem a acasalar
e assim reproduzir.
Na época me lembro, que qualquer interação entre eles que não
fosse violenta já era motivo de comemoração, visto a dificuldade da reprodução
em cativeiro.
Hoje em dia, só nos resta torcer para que as autoridades façam com que o desmatamento cesse o
mais rápido possível, para que no futuro não nos reste encontrar essa linda ave
apenas em cativeiro.
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