sexta-feira, 28 de agosto de 2015

A taxidermia


O nome taxidermia pode soar um tanto desconhecido para algumas pessoas, mas com certeza se torna mais familiar com os nomes de empalhar ou embalsamar.
Esse tipo de trabalho é realizado no Brasil a mais de 100 anos e hoje é considerado muito importante, principalmente na área da educação ambiental.

No início eram utilizadas técnicas diferentes das de hoje como, por exemplo, a utilização da argila, depois de algum tempo começaram a ser utilizados a palha e o gesso, e mais recentemente o algodão, o isopor e as resinas.

Existe uma grande diferença entre as técnicas de empalhar e embalsamar. Na taxidermia o empalhamento é feito apenas com a pele, bicos e chifres e geralmente são feitas em animais inteiros utilizando enchimentos como algodão e resinas além de arames fazendo o papel dos ossos.

Já no embalsamamento, além da pele são conservados os músculos, tendões e os ossos do animal, isso através de produtos químicos que conservam essas peças bloqueando sua decomposição.

Hoje as principais utilizações da taxidermia em animais são basicamente para a pesquisa científica e a educação, visto que através dessas peças é possível que uma pessoa tenha contato com alguns animais ou partes deles, podendo assim conhecer mais detalhadamente o animal. Além disso, elas podem ser muito uteis nos trabalhos de conscientização de preservação das espécies sendo também muito encontradas em museus e zoológicos e em algumas escolas, fazendo com que esse trabalho tenha mais valor a cada dia que passa.

Algumas pessoas pedem que taxidermizem seus animais de estimação depois de mortos, isso para continuar tendo a companhia do animalzinho que para eles fazia parte da família.

Durante o período em que trabalhei no zoológico de São Paulo e também na escola de ecologia de São Caetano do Sul, pude observar algumas das técnicas utilizadas e também os resultados desse tipo de trabalho.
Posso garantir que não é um trabalho fácil e também para qualquer um, pois é preciso ter muito estudo, como conhecimentos de biologia, anatomia, ecologia e química, além de muita habilidade e em alguns casos estomago forte.


Por tudo isso parabéns aos profissionais taxidermistas. 

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

O lobo não é mau!



Olhando a foto, o lobo europeu, (Canis lupus), parece com um cão comum, mas na verdade ele é considerado pela ciência o ancestral dos cães.
Folcloricamente os lobos têm fama de serem maus e cruéis, mas, este animal é muito sociável, cooperativo e também muito inteligente.

Sua distribuição é extensa, pois ele tem uma grande capacidade de adaptação em vários ambientes, desde um bosque até desertos e zonas polares do ártico.
A Rússia é que atualmente tem o maior número de lobos do mundo, mas ele é até hoje muito perseguido pelo homem devido ao prejuízo que causa a economia pastoril de algumas regiões.

As semelhanças entre esse lobo e os cães comuns são superficiais, pois, os lobos são mais fortes, tem os pelos mais densos e os sentidos são mais aguçados, tudo isso para obterem sucesso na hora da caça.
O Lobo europeu vive em média 25 anos e se alimenta de pequenos e grandes mamíferos, aves, anfíbios e alguns frutos, os machos pesam entre 40 e 70 kg e as fêmeas entre 35 e 45 kg.

O uivo do lobo tem como função reunir os componentes do grupo que se dispersaram após a caça e também serve para expressar sentimentos.
Eles formam alcatéias de até 50 indivíduos, nas quais impera uma hierarquia rígida onde cada um tem uma função determinada.

Quando um lobo fica doente ou velho, imediatamente o indivíduo inferior o desafia para uma luta, para tentar ocupar um posto superior no bando, isso se chama hierarquização dinâmica, e garante a prosperidade do grupo.
A mobilidade dos lobos em seu território é grande, pois em uma única noite eles podem percorrer até 60 km.

A gestação dura de 60 a 63 dias nascendo após esse período de 3 a 9 filhotes, que permanecem em um buraco pouco profundo no chão, cavado pelos pais ou já existente na natureza, a maturidade dos machos ocorre aos três anos e nas fêmeas aos dois anos.


Como podemos observar essa espécie animal não faz parte da fauna brasileira, portanto, é considerada uma espécie exótica, mas para aqueles que querem conhecer um pouco mais de perto o lobo europeu, hoje ele pode ser facilmente encontrado em exposição na maioria dos zoológicos de grande porte do Brasil.