sábado, 20 de dezembro de 2014

P.E.F.I. : Uma "sufocada" reserva de mata atlântica!



O P.E.F.I., Parque Estadual das Fontes do Ipiranga fica a poucos quilômetros do centro da cidade, margeia um trecho da rodovia dos Imigrantes (foto) e poucas pessoas conhecem sua importância e seu valor histórico para São Paulo.

Essa área tem 825.000 m2 e é também conhecida como Parque do Estado.
Nela existem dois aqüíferos e 24 nascentes que dão origem ao histórico Riacho do Ipiranga, também é lá que está inserido o Jardim botânico, o Jardim Zoológico de São Paulo, a Secretaria da Agricultura além de outras entidades.

O P.E.F.I. é a terceira maior área remanescente de mata atlântica de São Paulo, considerada área reservada da biosfera.
Só para se ter uma idéia da quantidade de vida existente nesse local, são 261 espécies de mamíferos, 620 espécies de aves, 200 espécies de répteis e 280 espécies de anfíbios que podem ser encontrados no parque, além disso lá estão catalogadas 1.159 espécies de flores.

Essa área é na verdade uma fortaleza, que contém em seu interior pesquisadores e cientistas trabalhando para o bem estar da própria população que o cerca.

O P.E.F.I. está sendo pressionado em função da crescente urbanização da cidade e seria muito bom se todos soubessem que, sem áreas como essa a vida vai se tornando inviável, assim poderiam dar mais valor a locais que possuem mata atlântica.

Cabe também destacar que, às vezes, por desconhecerem sua importância ou simplesmente pela falta de educação pessoas jogam toneladas de lixo e esgoto na área do parque, e essa atitude pode vir a prejudicar a qualidade da água que brota nas nascentes dessa região.

Na área desse parque a temperatura costuma ser de 3 a 4 graus mais baixa que no centro de São Paulo, assim costuma ser muito agradável fazer caminhadas pela região.


A minha sugestão é, que se você ainda não conhece o P.E.F.I. possa conhecê-lo, e descubra assim sua riqueza, para que possamos nos conscientizar e também cada vez mais conscientizar o próximo da importância da preservação do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

A belíssima Arara-Canindé


A Arara-Canindé (Ara-ararauna) (Foto) pode ser encontrada atualmente desde a América Central até a cidade de São Paulo, mas sua distribuição já foi bem maior isso porque ela desapareceu de regiões como Santa Catarina e países como a Bolívia e o Paraguai.

Essa diminuição no número de araras se deu pelo fato de ela ser muito caçada devido a sua beleza e também por aceitar muito bem o cativeiro, mas felizmente ela não corre o risco de extinção.
Graças aos programas de reprodução em zoológicos ou criadouros, existe um número satisfatório desse animal, visto que em cativeiro todos os ovos que a arara bota, em geral de 2 a 4, são colocados em incubadoras onde praticamente todos os filhotes conseguem nascer e sobreviver.
Já natureza a mãe não consegue alimentar todos os filhotes de forma igual e aí ocorre uma seleção natural, onde a garantia de sobrevivência é de apenas um filhote.

A Arara-Canindé se alimenta de frutas, sementes e principalmente de coquinhos que são quebrados com seu forte bico, portanto não é surpresa nenhuma imaginar que ela pode arrancar um dedo de um ser humano.

Algumas curiosidades são: Existem araras que são canhotas, só segurando o alimento com a pata esquerda, ela costuma ser fiel ao seu parceiro até que um deles morra, elas geralmente fazem suas tocas em buracos nos paredões de barro das regiões onde vive, e o interessante é que também comem esse barro para retirar o sal e outros sais minerais que necessitam para o organismo.

É bom lembrar que animais nativos, ou seja, da fauna brasileira são ilegais quando criados em cativeiro, salvo quando legalizados por órgãos competentes.
Mas não basta ser legalizado, o proprietário tem a obrigação de saber os hábitos e as necessidades do animal, principalmente no que se refere a espaço, para que nem o animal e nem quem cuida dele sejam prejudicados.

 Portanto, cuide bem de seu animal de estimação, ele pode não falar, mas com certeza ficará muito feliz e saudável se for bem tratado. 

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

O destino dos elefantes !


Existem mais de quatro mil espécies de mamíferos no mundo, e o maior mamífero terrestre da atualidade é o elefante.
São duas as espécies, o asiático (Elephas maximus) e o africano (Loxodonta africana) (foto).

Entre eles existem algumas diferenças simples de se notar, são elas:
O elefante asiático tem a estatura e o tamanho das orelhas menores se comparado ao africano. Já o africano além de ser maior, suas orelhas tem o formato parecido com o mapa de seu continente de origem, a África.

Os elefantes possuem uma grande preocupação com a família, a manada geralmente é formada por fêmeas e seus filhotes, onde a mais velha é a líder. Já os machos costumam ter uma vida mais solitária.

Um elefante vive em média 60 anos, é herbívoro e pode comer até 200 quilos de alimento e beber até 80 litros de agua por dia.
Junto com o alimento ele ingere também um pouco de terra, essa terra possui sais minerais que complementam sua dieta.

Seu peso pode variar entre cinco e sete toneladas, apesar disso ele é um ótimo corredor, podendo alcançar a velocidade de até 40 Km/h.
Apesar de ser um animal muito grande sua pele é muito sensível, por isso é que geralmente o elefante é visto tomando banho de terra, ele faz isso para se proteger do calor e também de alguns parasitas.  

A história da tromba do elefante é bem interessante e vista pelos pesquisadores como um ótimo exemplo de evolução.
Os ancestrais do elefante eram menores e não possuíam tromba, somente uma espécie de focinho um pouco alongado.
Com o passar dos tempos a estatura dos elefantes foi aumentando e para poder alcançar o alimento que estava no chão o lábio superior foi crescendo, se alongando até chegar ao formato que conhecemos hoje.

Infelizmente o elefante corre o risco de sumir do planeta, isso devido a grandes caçadas realizadas nas duas últimas décadas. O ser humano dizimou milhares desses animais para a extração do marfim que tem grande comércio em alguns países do continente africano.
Além da caça, a destruição do habitat natural do elefante através do desmatamento das florestas, também é uma ameaça.

Estamos sim no topo da cadeia alimentar, o duro é que nesse caso a morte de centenas ou milhares de elefantes por ano não são para fins de alimentação, e sim por causa do marfim que ele carrega. Infelizmente o homem é o maior dos predadores que existem.


Tomara que os elefantes permaneçam em nosso planeta ainda por muito tempo, e que se por um acaso tiverem que desaparecer que não seja pelas ações do homem. Afinal de contas a terra é grande e tem espaço para muitas espécies coexistirem.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

A Selva de Pedra !!!

Foto: Eduardo Araujo



 É comum observarmos caminhões de prefeituras, seja lá de qual for a cidade, fazendo a retirada ou poda de árvores de uma determinada calçada.

Pois bem, isso pode estar ocorrendo por vários motivos, a raiz que está deteriorando a calçada, a obstrução da vaga de uma garagem, ou ainda uma árvore que ameaça cair ou que esteja causando problemas em fios e cabos de força ou telefone.

Ocorre que se fizermos uma boa observação, notaremos que as ruas estão ficando cada vez menos arborizadas, só vemos postes e emaranhados de fios que não são nem um pouco bonitos e muito menos melhoram nossa qualidade de vida.

Se você precisar pedir para a prefeitura retirar uma árvore que porventura esta lhe causando transtorno, tente amenizar a falta desta árvore. Não apenas tape com cimento o buraco deixado por ela.

Para os pássaros que lá pousavam, se alimentavam e até faziam ninhos, ela com certeza fará falta, para a beleza do seu bairro, para o escoamento das águas da chuva evitando enchentes também, enfim para o meio ambiente como um todo.

Se por um acaso não for mais possível plantar uma árvore no local, que seja em outro, procure compensar a que foi retirada e dê preferência a uma árvore que esteja em risco de extinção ou que seja frutífera, ficará mais bonita e atrairá também mais aves para o local.

Existem vários lugares onde as árvores que ali estão fazem muita sujeira, se você optar por retirar a árvore, tudo bem, mas procure plantar outra espécie no local que não suje muito, como, por exemplo, o (Fícus).
O Fícus é aquela árvore que podemos molda-la, redonda ou quadrada, e não causa transtornos com raízes grandes ou folhas que muito caem.  

Vou citar algumas espécies de árvores brasileiras que são muito bonitas e que merecem nossa atenção: Carnaúba, Babaçu, Seringueira, Cajueiro, Cacaueiro, Castanheira, Açaí, Jatobá, Ipê-Branco, Peroba, Pinheiro do Paraná, Jequitibá, Pau-Ferro, Ipê Amarelo, Pau-Brasil, Paineira, e o Ipê Roxo.

Enfim, agindo corretamente podemos melhorar nossa rua, nosso bairro e conseqüentemente nossa qualidade de vida, assim o meio ambiente de quem também fazemos parte sentirá um menor impacto das ações do homem.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

A Harpia



Ao contrário do que alguns pensam a águia americana não é a maior águia do mundo, ela só é a mais conhecida, a maior águia do mundo é brasileira e se chama harpia (Harpia harpyja) (foto).
Essa ave é também conhecida pelo nome de gavião real e é um rapinante, ou seja, uma ave caçadora, que tem o bico afiado e as garras tão fortes que pode até estourar uma bola de tênis com elas.

A harpia pode viver mais de 25 anos, podendo pesar até 10 quilos e seu habitat é principalmente a Amazônia e América central, se alimenta de roedores, macacos, pássaros e até de preguiças.

Alguns animais possuem dimorfismo sexual, ou seja, diferenças entre machos e fêmeas que são bem visíveis, no caso da harpia isso é bem evidente, pois, a fêmea costuma ser muito maior que o macho.

Uma harpia adulta pode chegar a medir dois metros e meio de uma ponta a outra da asa e se por um acaso houver uma briga entre elas, o que pode acontecer, por exemplo, se uma fêmea não aceitar o macho interessado, ele poderá sair morto, pois na hora da briga a fêmea pode utilizar sua forte garra e crava-la no peito do macho.

Quando a harpia fica em alerta algumas penas de sua cabeça se levantam mostrando que ela está atenta a alguma coisa ao seu redor e essas penas lembram muito um cocar de índio.

A necessidade de uma área de caça para essa ave é de aproximadamente 500 Km², por isso, ela é classificada como espécie vulnerável, justamente por causa do desmatamento que como sabemos não para de crescer.

Em geral os zoológicos no Brasil possuem harpias que foram vítimas de caçadores, e nestes lugares estão sendo oferecidas as melhores condições para sua reprodução, mas a reprodução em cativeiro dessa ave ainda é muito difícil.

Minha experiência com a harpia foi na época em que eu fui estagiário no zoológico de São Paulo no setor de aves, assim que comecei meu estagio fui designado para fazer observações diárias em um recinto para ver se um casal interagia entre si, portanto, se havia esperança de chegarem a acasalar e assim reproduzir.

Na época me lembro, que qualquer interação entre eles que não fosse violenta já era motivo de comemoração, visto a dificuldade da reprodução em cativeiro.


Hoje em dia, só nos resta torcer para que as autoridades façam com que o desmatamento cesse o mais rápido possível, para que no futuro não nos reste encontrar essa linda ave apenas em cativeiro.

O PAU-BRASIL



Geralmente, ouvimos falar de animais que correm risco de extinção, mas existem também plantas e até árvores de grande porte que correm este risco.
Vejamos o exemplo do Pau-Brasil (Caeselpinia echinata) (Foto), essa árvore que tem um imenso valor histórico e comercial para o nosso país.

Logo após o descobrimento entre os anos de 1530 e 1630, cerca de dois milhões de árvores foram derrubadas, isso pelo fato da madeira dessa árvore ser um dos principais produtos exportados naquela época.

A extração era tamanha que foi justamente o nome dela que originou o nome de nosso país, o Brasil, que vem de brasa, isso porque a madeira avermelhada da árvore lembra muito a cor de brasa.
Ela pode alcançar até 30 metros de altura e cresce lentamente, tem os troncos e galhos cobertos por espinhos que servem para sua proteção, mas também produz flores entre os meses de setembro e dezembro que são amareladas e exalam um leve perfume.

Ainda hoje, só que de maneira mais controlada, a madeira do Pau-Brasil é utilizada para a confecção de instrumentos musicais como violinos, e também muito usada na construção civil, na extração de tinta para tecidos e canetas e para fins medicinais.

Sua distribuição geográfica se estende desde o litoral de Pernambuco até o Rio de Janeiro e, em algumas cidades do sul do Brasil ela está sendo utilizada para a arborização urbana.

Alguns locais produzem e vendem mudas de Pau-Brasil, e já que se trata de uma espécie em extinção fica a dica para você que ainda não seguiu o ditado popular que diz que uma pessoa deve durante sua vida plantar pelo menos uma árvore.


Portanto, mãos a obra, com certeza você se sentirá muito melhor sabendo que está cuidando do meio ambiente e vivendo com muito mais verde ao seu redor.