sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

A Harpia



Ao contrário do que alguns pensam a águia americana não é a maior águia do mundo, ela só é a mais conhecida, a maior águia do mundo é brasileira e se chama harpia (Harpia harpyja) (foto).
Essa ave é também conhecida pelo nome de gavião real e é um rapinante, ou seja, uma ave caçadora, que tem o bico afiado e as garras tão fortes que pode até estourar uma bola de tênis com elas.

A harpia pode viver mais de 25 anos, podendo pesar até 10 quilos e seu habitat é principalmente a Amazônia e América central, se alimenta de roedores, macacos, pássaros e até de preguiças.

Alguns animais possuem dimorfismo sexual, ou seja, diferenças entre machos e fêmeas que são bem visíveis, no caso da harpia isso é bem evidente, pois, a fêmea costuma ser muito maior que o macho.

Uma harpia adulta pode chegar a medir dois metros e meio de uma ponta a outra da asa e se por um acaso houver uma briga entre elas, o que pode acontecer, por exemplo, se uma fêmea não aceitar o macho interessado, ele poderá sair morto, pois na hora da briga a fêmea pode utilizar sua forte garra e crava-la no peito do macho.

Quando a harpia fica em alerta algumas penas de sua cabeça se levantam mostrando que ela está atenta a alguma coisa ao seu redor e essas penas lembram muito um cocar de índio.

A necessidade de uma área de caça para essa ave é de aproximadamente 500 Km², por isso, ela é classificada como espécie vulnerável, justamente por causa do desmatamento que como sabemos não para de crescer.

Em geral os zoológicos no Brasil possuem harpias que foram vítimas de caçadores, e nestes lugares estão sendo oferecidas as melhores condições para sua reprodução, mas a reprodução em cativeiro dessa ave ainda é muito difícil.

Minha experiência com a harpia foi na época em que eu fui estagiário no zoológico de São Paulo no setor de aves, assim que comecei meu estagio fui designado para fazer observações diárias em um recinto para ver se um casal interagia entre si, portanto, se havia esperança de chegarem a acasalar e assim reproduzir.

Na época me lembro, que qualquer interação entre eles que não fosse violenta já era motivo de comemoração, visto a dificuldade da reprodução em cativeiro.


Hoje em dia, só nos resta torcer para que as autoridades façam com que o desmatamento cesse o mais rápido possível, para que no futuro não nos reste encontrar essa linda ave apenas em cativeiro.

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